#2 Cast Histórico - Humanismo
Humanismo
| Humanista Erasmo de Roterdã |
| Elogio Da Loucura - Erasmo |
Nesse sentido, o programa educacional no contexto humanista tinha o objetivo e o desafio de superar o método medieval de memorização como meio de estudos e com tal intuito houve a substituição por uma nova forma de caráter científico e fontes clássicas. A partir disso, a prática de memorizar foi sendo vencida pelo ato da leitura acompanhada de um censo crítico por um aprimoramento individual. Tal aprimoramento, que foi fundamental para as reflexões do desenvolvimento da ação humana em vida. Além disso, segundo o humanista Erasmo, seus contemporâneos retomaram autores antigos que foram proibidos durante a Idade Média, o que representa mais um contraponto às práticas medievais.
Um importante suporte para que o programa humanista se desenvolvesse foi promovido pela Revolução de Gutenberg, ou seja, com a invenção da prensa no século XV. Tal técnica de prensa possibilitou um aceleramento no processo da impressão de livros e textos, resgatando as discussões gregas e latinas antigas. Por conta do consumo desses produtos impressos, os livreiros passaram a representar um elo entre a cultura erudita e a indústria capitalista.
![]() |
| Florença, Itália |
A ideia do Humanismo Cívico, como defendido pelo historiador germânico, nos indica um desenvolvimento humanista que se deu a partir de um contexto de crise no século XV, em que humanistas se colocaram à frente política em Florença, fazendo emergir uma consciência cívica e em favor da república. Assim, ocorria uma absorção do próprio pensamento republicano tendo como fonte as antigas obras clássicas, em geral, defendendo o discurso de que os homens devem defender a República e a liberdade, promovendo uma educação voltada para o futuro.
O enfraquecimento do humanismo, datado do fim do século XVI, é justificado pelo limitado alcance de suas obras e discussões sobre a potencialidade humana. O humanismo, se fez excludente, por ter voltado e se sustentado somente por aqueles que tinham acesso e condições para as leituras, a fim de apropriarem daquela visão de mundo baseada nos clássicos antigos. Assim, mesmo com a prensa permitindo a impressão de obras em línguas vulgares, não só mais em Latim, não foi suficiente para evitar o declínio do movimento.
Bibliografia:
KRISTELLER, Paul. “O movimento humanístico”, in Tradição Clássica e Pensamento do Renascimento. Lisboa: Edições 70, 1995, p. 11-29.
DELUMEAU, J. “A educação, a mulher e o humanismo”. In: A Civilização do Renascimento, vol. II. Lisboa: Estampa, 1984. p. 77-98.

Que material ótimo!
ResponderExcluir